O atacante do City marcou outro hat-trick neste sábado (24) e já surgem comparações com os grandes da geração; será que Haaland chega lá?
-09/10/2024
O atacante do City marcou outro hat-trick neste sábado (24) e já surgem comparações com os grandes da geração; será que Haaland chega lá?
Erling Haaland voltou a ser o centro das atenções no mundo do futebol após mais uma atuação avassaladora. Neste sábado (24), o jovem atacante norueguês marcou um hat-trick contra o Ipiswich Town, consolidando ainda mais sua reputação como um dos maiores artilheiros da nova geração. Seus números são impressionantes, e as comparações com lendas como Lionel Messi e Cristiano Ronaldo não demoraram a surgir. Mas, como bem destacou Pep Guardiola após a partida, Haaland ainda está em sua trajetória ascendente — e o caminho até o auge dessas lendas é longo.
Guardiola, que conhece como poucos o que é trabalhar com jogadores fora de série, foi categórico em sua análise. Ao ser questionado sobre a capacidade de Haaland de competir com Messi e Cristiano no quesito artilharia, o técnico espanhol reconheceu que o norueguês está em um nível espetacular. “Fez no Salzburg. Fez na Alemanha. Os números dele são ridículos. Em termos de gols, pode competir com Ronaldo e Messi. São números incríveis para a idade que tem. É uma ameaça espetacular e estamos muito felizes por o termos”, disse Guardiola, deixando claro que o potencial de Haaland é imenso.
No entanto, quando perguntado se Haaland seria o centroavante mais completo que já viu no futebol, Guardiola, sem hesitar, lembrou de seu tempo no Barcelona e fez uma declaração que reverbera a grandiosidade de Messi: “Não, o atacante mais completo que vi foi Messi”. Essa afirmação não é uma simples preferência pessoal, mas sim uma observação baseada em anos de convivência e sucesso ao lado do argentino.
Entre 2008 e 2012, Messi sob a batuta de Guardiola, transcendeu o papel de um mero artilheiro. Ele se tornou um criador de jogadas, um finalizador clínico, um maestro que ditava o ritmo do jogo. Durante esse período, o argentino não apenas marcou mais de 200 gols em mais de 200 partidas, mas também deu 80 assistências, um número que ressalta sua capacidade de influenciar todos os aspectos do jogo. E tudo isso enquanto liderava o Barcelona em uma era de conquistas nacionais e internacionais que marcaram uma geração.
Cristiano Ronaldo, por sua vez, dispensa apresentações. Sua capacidade de se reinventar, de desafiar limites e de manter uma consistência goleadora por mais de uma década é algo que poucos — talvez nenhum — conseguiram fazer no futebol moderno. Sua trajetória é marcada por um desejo incessante de ser o melhor, uma ética de trabalho inigualável, e uma capacidade de decidir jogos nos momentos mais cruciais. Ronaldo, assim como Messi, não é apenas um goleador; é um líder, um símbolo de determinação e excelência.
Erling Haaland, com seus números impressionantes, certamente está na trilha para se juntar a esse panteão de grandes artilheiros. Sua força física, velocidade e precisão diante do gol o tornam uma ameaça constante para qualquer defesa. Aos 24 anos, o “Cometa”, como é apelidado, já mostrou que pode competir com os melhores em termos de gols marcados. No entanto, é importante lembrar que Messi e Cristiano não são apenas estatísticas. Eles são ícones que transcenderam o jogo, influenciando não apenas o placar, mas toda a cultura do futebol.
Haaland ainda está construindo sua lenda. Seus feitos até agora são dignos de aplausos e a expectativa é de que ele continue quebrando recordes e estabelecendo novos padrões. Mas o que diferencia Messi e Cristiano dos demais não é apenas a quantidade de gols ou títulos, mas a consistência, a longevidade e a capacidade de serem decisivos em todos os aspectos do jogo por mais de uma década.
Guardiola sabe disso melhor do que ninguém. E enquanto Haaland continua a brilhar, ele também carrega o peso da comparação com dois dos maiores jogadores que o futebol já viu. Para o jovem norueguês, o desafio está apenas começando. E para o mundo do futebol, resta assistir e apreciar a evolução de um talento extraordinário, que, embora ainda não tenha alcançado o auge de Messi e Cristiano, já começa a escrever sua própria história.
Jornalista em formação pela Unesp Bauru.
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